terça-feira, abril 12, 2011

Assustaste-me!
Criaste um monstro em nós havendo só eu e tu.
Ainda estou assustado.
Mesmo que a vida cheire melhor agora, um monstro é sempre um monstro
e medos serão sempre medos, mesmo que não escondas segredos.
Basta-me enrolar o teu cabelo nos meus dedos,
para saber tudo é certo,
para saber que o que está perto,
cansa a vista como um deserto.
Areia para os olhos eu sei,
mas o teu cheiro passeia aqui,
de mão dada com a falta de ti,
um odor que me abraça,
enquanto o tempo passa.
Existem monstros bonitos afinal.
E não és tu o monstro bonito,
Sou eu, porque teimas em não me ver feio
Somos nós, porque não temos receio.