Carregaste-me nas cordas e soltei um grito. Anafado pela
névoa tabaqueira e quase angelical do que se passava. Torceste-me a mística,
trouxeste-me a música, a luz da lua e os cortes da relva na pele. Ardor.
A dor.
Reluzente, e claro, com a experiência que tenho não agarrei
e partiu-se tudo em pedaços no meio do chão. Agora e sempre.
A dor ardeu.
A dor ar deu.
Em lumes no chão queima e queima sempre que lá se lhe
colocam os pés, como se estivessem besuntados de algo inflamável. A
desertificação do corpo, de como somos nus e quando estamos sós. Do sexo
perplexo, da dor em prazer.
Dor ?
Estas palavras não são mais do que está escondido no que se
mostra e no que só fica cá. Não uma mostra, mas uma amostra, do que se passa.
E as folhas vão começar a cair, cheguei a Fevereiro, quando
tudo cai mais velozmente no amargo do despertar.