sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Perguntem-me do que estou a falar, quatro, Dor


Carregaste-me nas cordas e soltei um grito. Anafado pela névoa tabaqueira e quase angelical do que se passava. Torceste-me a mística, trouxeste-me a música, a luz da lua e os cortes da relva na pele. Ardor.

A dor.

Reluzente, e claro, com a experiência que tenho não agarrei e partiu-se tudo em pedaços no meio do chão. Agora e sempre.

A dor ardeu.

A dor ar deu.

Em lumes no chão queima e queima sempre que lá se lhe colocam os pés, como se estivessem besuntados de algo inflamável. A desertificação do corpo, de como somos nus e quando estamos sós. Do sexo perplexo, da dor em prazer.

Dor ?

Estas palavras não são mais do que está escondido no que se mostra e no que só fica cá. Não uma mostra, mas uma amostra, do que se passa.


E as folhas vão começar a cair, cheguei a Fevereiro, quando tudo cai mais velozmente no amargo do despertar.

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