terça-feira, março 12, 2013

Perguntem-me do que estou a falar, cinco, Eu


Umas férias são sempre benéficas. Muito mais se não forem solarengas ou bronzeadas a loção de falsidade. A liberdade define-se não pelo que queremos, podemos, fazemos, mas antes pela própria noção de ela ser livre e não a conseguir controlar. Arrisco-me então a adivinhar livre como a ausência de controlo, atirando assim à definição o seu oposto para a definir. Parece-me lógico.

O regresso é que pode ser, e convém que seja, para bem ou para o mal, mas mais para o mal, atribulado. Muito se puder ser. Cheio de buracos.

É assim que me encontro depois de férias, na ladainha de um infinito conjunto de liberdades que não quero que me pertençam, ainda que sejam as minhas mãos, ainda que, eventualmente, sejam as minhas mãos, ou mesmo até, exagerando, que seja o meu controlo sobre as minhas mãos. Ou a falta de.

Não é ?

Regressei branquinho como fui.




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