Prolifera-se pelo meu estado de exaustão mental um disfunção já relíquia e, claro, não
levantada, de tudo o que possa ser e ver. A doença não é mais do que uma visão
cheia e mortífera, ao contrário dos pequenos deslizes vislumbrescos, em que a
fatalidade óbvia e redundante suga para si em remoinho toda a felicidade do meu
corpo. É por isso que ela não existe. Minha alma assiste de fora, inútil,
gozando com o meu corpo, masturbando-se para cima dele com desdém e mais
maldade do que prazer. Vejo-me bem de fora. Venho-me, se assim for preciso, dos
dois lados, sem nada que me ignore, dado que nada me toma atenção e nada
cresce, desde a pila ao coração. A dormência define-se como a morte e o
conhecimento dela em vida, carregando-a as costas como uma camisola em dia de
calor, por querer, só para disfarçar, bronzear os braços. Dormência é estar
aqui sentado. Dormência é tudo cheirar mal. Dormência é só eu ver o meu sémen
Morte não é dormência, morte é morte, mas adormecido estou pela morte certa em
vida de todos os meus projectos mentais e manuais. A dose certa na veia de que
nada acontecerá. Uma moca sem drogas, a não ser o desespero.
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