tenho ódio nos dedos
daí que as palavras me saiam argilosas
fracas e moldáveis como alguém sensualmente fácil
a sensatez nunca pesou
não há em demasia
os que não a lambem não lhe sentem saudade
daí que as palavras me saiam argilosas
fracas e moldáveis como alguém sensualmente fácil
a sensatez nunca pesou
não há em demasia
os que não a lambem não lhe sentem saudade
trago medo nas unhas
alarmes ensurdecedores como vitrines a partir
lojas de valor nenhum que vendem sem parar
mesmo no fim da rebentação
das ondas que me devolvem as mãos
das marés que tiram chãos
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