Embriagado com desuso e sede de roubar. Roubar sonhos dos
outros, tudo dos amigos. Cego de inveja, de luxúria, de cobiça pelo intangível,
com raiz na encenação diabólica de não ser assim tão tão. Mas tão tão ? Sim,
tão tão… Apenas mais um orgasmo fingido, um mole e repelente enxerto de inércia
e pele num não corpóreo tão odiável.
Inclinação constante do cansaço do mal e da morte, da vida e do filho da
puta do sorriso estático, amarelo, queimado e cosido, bem devagarinho, com
agulhas ferrugentas nas minhas bochechas. Todas as doenças possíveis, todos os
contactos neutros. Mentiroso, todos os contactos nulos.
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