quando
for grande quero continuar a caçar coisas belas
paridas pela natureza
que corram ao desdém pelas penumbras
e pelos pântanos
com merda pelas canelas
até
com cinco dedos bem separados
me atirarem um adeus
fugindo com hastes gloriosas
fugindo de capturas manhosas
à procura de nenúfares onde não cabem cascos
mas se seguram no líquido
são melhores que a penumbra
empiricamente falando
Não vou descobrir nada
mas a espingarda está sempre pronta
felizmente que as coisas se tornaram difíceis de abater
até a lama me chegar aos cotovelos
até a lamúria de floresta escura
que já me encravou a culatra
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