quarta-feira, maio 01, 2013

nem os amigos nem a noite


a mocidade fugiu-me
escorreu pelo umbigo
não parou
não havia nada em que tocar
onde devia haver peles
suores mútuos

esta barulho aqui
estamos com os copos
não estou aqui
e se amizade
fiel casamenteira de sorrisos
não me alegra
nada o fará

faço fumo sozinho
sou o único aqui não aqui
não nada
nada além da minha própria inexistência
no conceito de feliz
do qual não tenho dicionário

nem os amigos nem a noite
durante apenas estas letras
no caminho apenas sal molhado a tentar explodir
 ninguém se vai vir
e um vã desistência volta porque nunca caiu em sono

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