terça-feira, novembro 20, 2012

Aos Outros


Mesmo que abortes qualquer momento,
mesmo que sem intento,
até mesmo em tormento,
celebra-te até amanhã.

O depois de hoje devorará o hoje e será hoje.
Hoje viverás sempre no hoje.
Hoje és tu,
Hoje.
Amanhã serás tu,
e quando essa pedra te bater na cabeça pensarás:
bateu-me na cabeça, hoje.

Hoje és livre e amanha também.
Hoje está e amanhã hoje será.

A mim nada devo que a ti não tenhas,
que a ti não tenha,
que de mim não venha.
Só assim entenderás porque não podes entender o céu.
Oh! O céu e as estrelas e tudo o que pensas ser natural de mais para isto.
Celebra-te no pequeno,
festeja-te sem ressentimento,
aumenta o processo.

Perde balanço.
Os ouvidos descaem.
O prato desvia.
A balança cai.
Hoje, Hoje, Hoje, sempre hoje.

Dirás: Sim, tens razão!
Gritarás a todas as casas,
a todos os muros,
a todas as pessoas prometerás.

Promessas, promessas, promessas,
atas-te  e a ti jurarás.

E amanhã será hoje,
porque sempre é hoje e o presente sempre está.
Mas triste não vais estar.
Porque tens o céu, as estrelas e tudo o que pensas ser natural de mais para isto.

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